Excesso de chuva prejudica qualidade do feijão
As chuvas no mês de janeiro foram prejudiciais aos produtores de feijão em Minas Gerais. Os doze dias de chuva forte e temperaturas altas fizeram com que o feijão brotasse antes que chegasse ao chão. Após este período, o sol voltou a aparecer abrindo a janela para cinco dias para a colheita, o que gerou a perda do potencial produtivo em janeiro e fevereiro, diminuindo a qualidade do produto.
O feijão é um dos alimentos indispensáveis da mesa do consumidor, no entanto, assim como os hortifrutis, é sensível ao excesso ou falta de água, como explica Caio Coimbra, da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), em informativo da instituição. A variação de preço entre uma marca e outra vai de R$ 4,99 a R$ 5,99 em um dos supermercados da Araxá, referente ao pacote de 1 kg. Para quem trabalha com alimentação e precisa comprar em grande quantidade, como a empresária Maria Célia Rosa, cada detalhe, como marca e preço, é fundamental. “Eu tenho que fazer uma pesquisa para achar um preço mais acessível e que tenha boa qualidade, claro”, explica.
Além dos prejuízos nas lavouras, danos causados em rodovias e pontes também atrapalham a distribuição do produto. O preço final para o consumidor, no entanto, ainda não sofreu impacto real de valores, devido ao caráter especulativo do mercado, mas é possível que aconteça. Sendo a oferta inferior à demanda, o preço tende a subir, especialmente quando os produtores gastam mais durante o processo de plantio e colheita.