Vereador condenado por assassinato retoma atividades parlamentares em Tapira
O Crime
O crime aconteceu no ano de 2012, Cairo Assunção, primo da vítima foi o principal suspeito de espancar e assassinar Mariana Perdoná. De acordo com o processo, Cairo teria arremessado o corpo de Mariana de uma ponte de oito metros de altura após ter matado a jovem. Na época, a polícia identificou sinais de estrangulamento e outras agressões. O motivo teria sido a gravidez de Mariana. Ela estava com poucos meses de gestação. Cairo teria insistido em um aborto, mas a vítima recusou.
Laudo Ministério Público
O Promotor de Justiça Genebaldo Vitória Borges, através do Ministério Público pediu a condenação do réu pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, aborto sem consentimento da gestante e ocultação de cadáver.
“Os laudos técnicos que existem nos autos apontam esganadura, que é algo feito pelas mãos e tem que ser pelas mãos de terceiros. Também as lesões do jeito que foram, não tem jeito de terem sido auto impostas. Então nós não temos dúvidas de que ele a matou e a desovou naquele riacho”
A defesa alega que há falhas no processo, que Cairo não matou Mariana e que também não era o pai do bebê que ela esperava.
O Julgamento
Cairo Luiz de Carvalho Assunção, foi condenado pelo júri popular, em dezembro do ano passado, a 26 anos, um mês e 19 dias de reclusão no regime fechado por homicídio qualificado, aborto sem o consentimento da gestante e ocultação de cadáver.
A decisão cabe recurso, mas foi negado ao condenado o direito de recorrer em liberdade.
Do Habeas Corpus
Mesmo após a condenação e o recurso negado de recorrer em liberdade Cairo conseguiu um habeas Corpus, o qual possibilitou ao vereador retomar as atividades na Câmara de Vereadores em Tapira. Porém, o parlamentar não compareceu às duas primeiras reuniões na Casa do Povo. Ontem, dia 11 de fevereiro, foi proposta uma Comissão Processante, a qual vai avaliar a atuação do vereador quanto ao crime de decoro parlamentar e sendo assim determinar a cassação do mandato no legislativo.
Jesu Ferrreira de Lima, Hilarino de Assis Neves e Jamil Lázaro Borges foram sorteados para instaurar a investigação parlamentar.
Vale lembrar que faltas são permitidas no legislativo, desde que sejam justificadas. O que não ocorreu em nenhum dos dois casos de ausência de Cairo.