Presos em operação Malebolge tem bens bloqueados

 Presos em operação Malebolge tem bens bloqueados

 

A operação decorre de investigação que apura desvios de recursos públicos a partir de contratos de prestação de serviços de transportes. O cumprimento de mandados foi em residências de pessoas ligadas à Prefeitura de Araxá e prestadores de serviços ao executivo. Os presos foram ouvidos no Instituto Médico Legal. Além dos mandados de prisão temporária, foram expedidos 23 mandados de busca e apreensão de veículos e outros 10 mandados já cumpridos. Nas residências, foram apreendidos documentos contábeis, equipamentos eletrônicos, dinheiro e joias.

 

“Deparamos com crimes de lavagem de dinheiro, de corrupção, falsidade ideológica, organização criminosa, e outras figuras penais. Essa investigação está caminhando há quatro anos, de diferentes segmentos, essa especialmente aqui está caminhando desde o momento que começamos a fazer aquele trabalho em 2016. Porque se não fosse ele, se não fosse a persistência nós provavelmente não chegaríamos até aqui. Em relação as investigações que nós estamos realizando aqui hoje, nós fizemos solicitações de medidas cautelares ao Poder Judiciário, nós havíamos solicitado mandados de busca e apreensão para dez localidades, dez imóveis rurais e urbanos, havíamos solicitado mandado de prisão temporária de cinco pessoas envolvidas, três delas vinculadas ao Executivo municipal, duas delas os sócios administradores da empresa ora investigada, relacionado ao transporte coletivo”, disse Renato Alcino, delegado que coordena a operação.

 

Foto: Murilo – investigador PC, à direita Renato Alcino – delegado PC

Na ação que tem mais de duas mil páginas atuaram 97 policiais civis. Mais de vinte mil documentos foram recolhidos na investigação que segue em curso. Na manhã de 11 de agosto tiveram prisão temporária a ex-Secretária Municipal de Governo, que atualmente ocupa cargo de Assessora Executiva; o marido dela que é Assessor na Secretaria Municipal de Ação e Promoção Social; o Assessor da Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento; e o casal sócios da empresa investigada.

 

“Nós avaliamos que era necessário garantir a indenização, o ressarcimento e a segurança do que diz respeito aos prejuízos causados, e sobretudo em relação aquelas questões a lei de improbidade administrativa. Por conta disso pedimos ao Poder Judiciário que foi validade o valor de qualquer importância ou recursos que estejam disponíveis em contas bancárias dos investigados, igualmente bloqueamos, pedimos o bloqueio, de 16 imóveis entre eles uma fazenda que também estão no nome dos investigados, ou estão no nome de terceiros, adquiridos através de contratos de gaveta, que é uma forma de lavagem de dinheiro. Estamos também com 23 veículos bloqueados e até o momento 20 veículos apreendidos”, falou Renato Alcino, na coletiva realizada com a imprensa na tarde de ontem, na sede da Delegacia de Trânsito de Araxá.

 

Eles foram encaminhados para o Presídio de Sacramento, por questões de protocolo de quarentena da pandemia. “Nós estamos trabalhando com estimativa dos contratos que foram avaliados, tivemos um mês base e a partir deste mês base nós vamos avaliar se realmente todos esses recursos não foram executados, ou, se foram executados de forma diferente do que previa o contrato. O que nós avaliamos até agora, em um período relevante, é que esses contratos não foram executados da forma que foram pactuados com o município de Araxá. Nem foi garantido documentos e meios necessários para fazermos uma auditoria no que diz respeito a essa empresa”, finaliza o delegado da Polícia Civil.

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