Polícia Civil conclui investigação de crime ocorrido no bairro Urciano Lemos

Delegados Victor Hugo Heisler e Vinícius Ramalho e investigadora Renata Guimarães Pereira – Foto: Diário Sintonia

Em entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira, 17 de novembro, a Polícia Civil informou sobre o andamento do inquérito relacionado a briga generalizada que ocorreu em um bar situado no bairro Urciano Lemos. Na ocasião, dois irmãos, da cidade de Exú-PE, foram atingidos sendo que um deles – Magno Ermínio Soares, de 23 anos – veio a falecer com os golpes de faca em outubro passado. O trabalho de investigação foi conduzido pelo delegado de Crimes Contra a Vida, Vinícius Ramalho Lima, e pela investigadora Renata Guimarães Pereira. Para a Polícia Civil, o inquérito já está encerrado com a prisão de três suspeitos pelo crime. Um deles tem passagem pela polícia em Alagoas,  estado onde todos os envolvidos nasceram.  A entrevista coletiva contou também com a participação do delegado regional de Polícia Civil, Victor Hugo Heisler.

“A gente trabalha na linha do homicídio com duas qualificadoras. Ainda resta especificar alguns pontos para saber do comportamento da vítima. Temos um suspeito preso no estado de Alagoas. A gente vai esperar a chegada dele aqui em Minas Gerais para coletar as declarações dele que ainda não prestou depoimento, mas também não é essencial para o término das investigações que, ao nosso entender, estão finalizadas com autoria indicada, dinâmica e motivação”, comenta o delegado Vinícius.

Delegado Vinícius Ramalho – Foto: Diário Sintonia

De acordo com a Polícia Civil, a linha de investigação concluiu que o crime foi motivado por futilidade. “Com base no trabalho incessante da nossa equipe chegamos a prisão de dois homens. “Um deles confessou a prática do homicídio tentado (quando inicia a execução da ação que não é consumada) e o segundo não confessou o crime, mas apontado por diversas testemunhas como autor e foi auxiliado pelo terceiro suspeito que teria prestado a arma (faca) para a prática do delito. A gente teve informação que eles já se conheciam anteriormente lá do estado de Alagoas, mas não conseguimos saber se lá aconteceram algo que teriam motivado. Sabemos sim que a briga iniciou entre uma das vítimas e um dos autores. Eles teriam se esbarrado lá (no bar) e começaram a discussão. Estamos trabalhando com a motivação fútil”, explica.

Durante a investigação, um dos irmãos prestou o depoimento na Polícia Civil e contribuiu com o trabalho investigatório. As vítimas não tinham passagens pelo meio policial. Segundo o delegado Vinícius Ramalho, a investigação foi atípica. “O fato de como os crimes se desenrolaram em plena via pública com envolvimento de diversas pessoas em grande maioria, sob efeito de drogas, prejudicou o início das investigações. A Polícia Militar, no afã de tentar resolver, trouxe equivocadamente com base das informações coletadas no momento, dois indivíduos que, de fato, estiveram no local do crime, participaram da briga, mas não tiveram qualquer envolvimento com os crimes de homicídio e homicídio tentado que a gente conseguiu apurar. Então, através de entrevistas, comparação de vestimentas que os envolvidos estavam usando no dia do crime e outras formas de investigação conseguimos chegar na prisão de dois autores”.