Pele também precisa de cuidados no período chuvoso

 Pele também precisa de cuidados no período chuvoso

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Oficialmente o verão só começa no dia 21 de dezembro, mas se você quer chegar à estação com a pele saudável e preparada para os dias mais quentes já deve começar a se preocupar agora. Segundo a dermatologista da Unimed Araxá, Gisele Basso Esteves Pires, o verão tropical tem muitas chuvas e isso demanda cuidados com a pele que vão muito além do protetor solar. “Ainda vemos pessoas que têm a falsa impressão de que o sol queima menos quando o tempo está chuvoso e acabam sofrendo com a famosa ´insolação`. As nuvens filtram somente a radiação visível do sol e ela não é responsável nem pela queimadura solar, nem pelo câncer de pele e nem pelo fotoenvelhecimento, ou seja, mesmo para tomar chuva temos que estar de filtro solar”, explica.

A médica ressalta ainda que, com o clima úmido, é muito frequente o surgimento da acne solar que acontece pela mistura da oleosidade da pele (que nessa época está aumentada), do suor, do filtro solar inadequado ao seu tipo de pele, do clima e ainda da própria radiação solar. “É importante, então, escolher produtos de textura leve e lavar o rosto ao menos duas vezes ao dia. Além disso, roupas e sapatos leves e arejados e secar bem os pés após o banho, também podem evitar frieiras e micoses, muito comuns também em nossos verões”, ensina.

Câncer de pele e o bronzeado

O câncer de pele é o mais comum entre homens e mulheres. Ele representa quase 30% de todos os tipos da doença. O Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva (Inca) estima 185.380 novos casos de câncer de pele melanoma e não melanoma por ano.

No próximo mês, a Sociedade Brasileira de Dermatologia reinicia a campanha do “Dezembro Laranja”, para conscientização da população sobre os perigos desta doença. “Nossa maior arma para prevenção é evitar as exposições solares excessivas e, infelizmente, com isso, deixar de lado aquele tão sonhado bronzeado natural”, ressalta.

Para quem não abre mão, a alternativa é buscar autobronzeadores que, na verdade, são pigmentos que colorem a camada córnea, a mais superficial da pele. “Eles têm curta duração e são seguros, mas precisam de uma certa prática porque podem manchar”, explica.

Protetor solar

Em um país como o nosso, com índices sempre muito altos de radiação ultravioleta durante todo o ano, o protetor solar deve ser um hábito diário. “Para o nosso dia a dia, aplicar em toda a pele exposta pela manhã e reaplicar após o almoço, sempre buscando fórmulas com FPS acima de 30 e proteção UVA, medida pelo PPD. Nas exposições solares, não devemos esquecer que o protetor solar leva meia hora para começar a fazer efeito e que ele perde sua eficácia entre uma e uma hora e meia e em situações de sudorese intensa ou banhos de mar ou piscina”, lembra Dra. Gisele.

Crianças devem usar filtros solares a partir dos seis meses de idade e, até os seis anos, devem usar as fórmulas infantis, que são mais seguras para essa faixa etária. “Chapéus são outra coisa a se lembrar. Eles não servem só para enfeitar. O couro cabeludo é a região do nosso corpo mais exposta ao sol. Muitas pessoas sofrem com algum grau de queda de cabelos e a diminuição dos fios deixa a pele dessa região com maior possibilidade de dano solar, que muitas vezes passa desapercebido e faz o câncer de pele dessa região ter, em geral, um diagnóstico mais tardio. É importante, então, usarmos chapéus de trama fechada, de preferência com filtro solar e abandonarmos as viseiras, que exceto para pessoas com muito cabelo mesmo, não dão proteção adequada”, lembra.

Por último a médica orienta atenção com a alimentação. “Alimentos ricos em carotenóides, como cenoura, abóbora, mamão, maçã e beterraba têm ação oxidante e podem diminuir o dano solar, portanto devem fazer parte da nossa mesa nesses meses mais quentes”, finaliza.

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