Maioria dos brasileiros se informa por WhatsApp

 Maioria dos brasileiros se informa por WhatsApp

 

O Instituto de Pesquisa DataSenado divulgou relatório da pesquisa de opinião feita em parceria com as Ouvidorias da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, para conhecer o que os brasileiros pensam sobre redes sociais, notícias falsas e privacidade de dados na internet. A pesquisa foi realizada por meio de ligações para telefones fixos e móveis. Foram entrevistadas 2.400 pessoas que possuem acesso à internet, em todos os estados, no período de 17 a 31 de outubro.

O resultado da pesquisa mostra que a principal fonte de informação dos brasileiros é o aplicativo de mensagens WhatsApp, com 79%, sendo seguido por televisão e YouTube, que quase empatam, com 50% e 49% respectivamente. Na sequência estão Facebook, sites de notícias, Instagram, rádio, jornais impressos e Twitter. Os jovens entre 16 e 29 anos são os que menos utilizam a televisão como fonte de informação, já as pessoas acima de 60 anos se informam mais por ela. Quanto ao Instagram e o YouTube, são mais acessados pelos jovens e menos pelos idosos.

A pesquisa mostra, ainda, que 83% dos entrevistados acreditam que o conteúdo das redes sociais influencia muito a opinião das pessoas; e, 49% admitiram que já decidiram voto com base em informações vistas em alguma rede social. As mais citadas são WhatsApp (71%) e Facebook (69%). O relatório identifica que, dentre as pessoas que já decidiram voto por informações obtidas em redes sociais, a maioria são jovens de direita com grau de escolaridade mais alto. Os resultados também indicam que 90% dos entrevistados acham que as redes sociais deixam as pessoas mais à vontade para expressar opiniões preconceituosas.

Fake News

Em tempos de CPI da Fake News, a pesquisa do DataSenado mostra que oito em cada dez entrevistados já identificaram notícia falsa em rede social e a maioria, 82%, afirma verificar se uma notícia é verdadeira antes de compartilhá-la. Esta atitude varia de acordo com o grau de escolaridade, sendo maior entre os que possuem ensino superior incompleto ou mais; e, menor entre os que possuem até o ensino fundamental incompleto. Destes, 58% contam que o fato de identificar notícias falsas nas redes sociais fez com que perdessem a confiança nelas.

Privacidade de dados

Para a maioria dos entrevistados (59%), devem ser públicas as regras usadas pelos sites de busca e redes sociais para escolher os conteúdos exibidos para os usuários. Perguntados se o fato de redes sociais priorizarem a exibição de conteúdos pagos ou patrocinados os incomodam, 52% afirmaram que incomoda e 46%, que não incomoda. Diante da opção de pagar para ter internet sem anúncios, apenas 43% dos candidatos disseram que pagariam, 56%, não. Sobre personalização de conteúdo, 76% acham que é uma forma de manipular a opinião das pessoas. No entanto, para 74%, essa possibilidade traz benefícios para a população.

Audiência Pública

Tendo a pesquisa um nível de confiança de 95%, os resultados serão avaliados em Audiência Pública nesta quinta-feira. Especialistas na área de regulação da internet no Brasil vão avalizar os riscos e os benefícios do uso das mídias digitais para a formação da opinião pública e o funcionamento da democracia.

O relatório pode ser acessado na íntegra aqui.

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