Maioria das empresas não combatem a violência contra a mulher

 Maioria das empresas não combatem a violência contra a mulher

Reprodução/Movimento Mulher 360

 

Pesquisa realizada pelo Instituto Maria da Penha junto ao Instituto Vassalo Goldoni e Talenses Group, ouviu 311 empresas para saber como elas atuam diante da violência contra a mulher no mundo corporativo. A pesquisa, feita através de envio de formulários online, verificou que, embora 68% das empresas considerem necessário dedicar-se ao tema, apenas 19% desenvolvem políticas e ações de combate à violência.

 

Destas, 11% declararam que as ações são feitas por meio de campanhas de sensibilização e conscientização. Somente 9% tem um canal de ouvidoria para apoio à mulher; e 4% oferece suporte por meio de uma rede de apoio constituída por mulheres vítimas de violência. Empresas que oferecem atendimento psicológico no próprio ambiente de trabalho totalizam 5%. Os dados mostram ainda que 13% das empresas declararam não saber se têm mecanismos de enfrentamento à violência doméstica.

 

Assédio sexual e moral

 

A pesquisa também revelou informações sobre o modo como as empresas têm atuado em relação ao assédio sexual e moral contra mulheres. No setor industrial, 74% das empresas afirmam desenvolver iniciativas para enfrentar esses crimes. Em relação aos representantes do setor de comércio e serviços, as porcentagens são de 57% e 54%, respectivamente.

 

No caso do assédio, a maior adesão se dá entre as empresas de perfil profissional (66%) e com um quadro de mais de 499 funcionários (77%), formado, majoritariamente, por mulheres (64%). Os dados mostram que 60% das empresas participantes adotam ações de combate ao assédio e que o canal de denúncias é o principal meio (38%).

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